O primeiro semestre de 2022 foi de retomada para diversos setores da economia que ficaram restritos durante os dois anos de pandemia. O mercado cervejeiro foi um deles. Ao mesmo tempo em que a vacinação avançou em todo país, a população se sentiu mais segura para sair às ruas e procurar por um lugar de diversão e encontros. Foi nesse momento que bares, restaurantes e pubs começaram a reagir.
Essa retomada vem sendo gradual. O mercado apresentou uma tendência de aumento de produção nos primeiros meses do ano, principalmente em março (5%) e abril (11,7%). Se formos falar do mercado global, só em 2021, houve um crescimento de 17% na fabricação de bebidas alcoólicas, o que ajudou muitos empresários a recuperar as perdas geradas pela pandemia.
Mas os números não são sempre positivos, e maio é um exemplo disso. O mês fechou com queda de 1,7% na fabricação de bebidas com álcool, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. A queda de produção em 2020 foi de 6%. Em compensação, as bebidas sem álcool cresceram 16,7%. Ou seja, de qualquer forma, a produção de bebidas contribuiu para o crescimento da economia como um todo e auxiliou na recuperação dos estabelecimentos e fábricas, tornando os índices mais próximos dos alcançados no período pré-pandemia.
Essa é uma realidade dos mais diversos setores, compostos pelos consumidores de bebidas. Está aí uma possível explicação para o aumento gradual de produção e vendas. Mesmo com o aumento da inflação, a população tem comprado mais cerveja e demais bebidas, e mais do que isso, buscando rótulos mais sofisticados, de baixo teor alcoólico ou até mesmo sem álcool.
A produção de bebidas cresceu 3% em 2021, ou seja, metade do volume de perdas registrado em 2020. Além da reabertura de bares e pubs, a flexibilização dos protocolos sanitários aumentou a procura por bebidas para festas particulares e comemorações como aniversários e casamentos. O que parece animador para os cervejeiros, que já demonstram otimismo diante dos números do primeiro semestre de 2022 e do próprio ano de 2021.
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